Registo

Outros nomes da raçaMastim Argentino

GrupoGrupo 2 - Pinschers, Schnauzers, Molossóides, Cães de Montanha e Boieiros Suiços

Secção do grupoSecção 2.1 - Molossóides

País de origemArgentina

Data de origemXX

Primeira utilidadeCaçar maior

Características principaisDestemido e fiel

TamanhoGrande

Peso36 - 45 kg

Altura60 - 68 cm

PelagemCurta

Esperança média de vida13 anos

Nivel energéticoMédio

Nível de brincadeiraMédio

Nível de afectoMédio

Exercício necessárioElevado

Experiência do dono com cãesElevado

Cuidados com a pelagemBaixo

Foto Dogue Argentino

Sabia que

Só em 1973 é que o Dogo Argentino foi reconhecido pela Fédération Cynologique Internationale como a primeira e única raça argentina.

A maioria das raças foi seleccionada durante anos de evolução por diferentes criadores. No entanto, algumas devem a sua existência a só uma ou duas pessoas. É o caso do Dogue Argentino. Os irmãos Nores Martínez idealizaram o Dogue tendo como base um cão de coragem extraordinária e espírito lutador, o “Viejo Perro de pelea Cordobés” (Old Cordoba Fighting Dog). Foram adicionando sangue de outras raças que dessem a este cão tamanho, olfacto, rapidez, instinto de caça e que, acima de tudo, retirasse o instinto de “combate” contra outros cães, característica que o tornava sem préstimo para a caça em grupo. O Dogue Argentino, cão de grande poder de mandíbula, resultou num excelente caçador de caça maior e num companheiro leal e digno dentro do seio familiar.

O Dogue anseia por estar perto da sua família, tão perto que raramente se senta ao lado dos pés do seu dono, mas sim em cima deles! As crianças são a sua adoração, sendo capaz de aturar durante horas as suas brincadeiras e é por estas que apresenta um maior instinto de protecção. Este guardião da família é um interessado em todas as actividades familiares e chega mesmo a aceitar que os amigos dos seus donos se juntem às brincadeiras de família. Mas atenção, caso o Dogue reconheça uma tentativa de ameaça a algum membro da sua família, ele irá proteger essa pessoa.

É neste sentido que a sociabilização e treino do Dogue têm um papel extremamente importante. Como qualquer cão, a percepção do Dogue às ameaças devem ser reais, ou seja, este deve conseguir distinguir o que é realmente uma ameaça do que não é, e cabe a si, enquanto dono, explicar-lhe isso. Para tal, uma boa sociabilização é essencial e esta começa não só quando o cão lhe é entregue mas também quando o cachorro ainda está com o criador, daí a importância de escolher um criador responsável.

Juntamente com a sociabilização, o treino molda o temperamento do Dogue. A sua adoração pelo trabalho e desejo de agradar ao dono facilita o treino. No entanto, isto não significa que o treino de obediência possa ser dispensado. Para além de ser obrigatório, o seu dono tem ainda de ser capaz de o motivar, já que por ser muito inteligente se aborrece com facilidade com actividades repetidas.

Se está a ponderar ter um Dogue deve também saber que com força bruta não se chega a lado nenhum. O Dogue é um cão sensível e se lidar com ele de maneira mais bruta facilmente irá destruir o temperamento da raça. Aliás, basta uma atitude mais violenta para o Dogue se mostrar mais obstinado. Aplicar correcções suaves e consistentes são as mais bem sucedidas, aliás um tom de voz austero é suficiente para passar a mensagem. Esta sensibilidade faz com que seja possível para um dono experiente moderar ou canalizar o seu forte instinto de caça em outras actividades mais apropriadas à vida urbana.

O Dogue pode ficar a descansar na sua caminha junto ao seu dono durante horas, mas precisa de ter uma ocupação diária para libertar as suas energias e ser feliz. Qualquer actividade com o seu dono é bem-vinda: desde ser o companheiro de corrida como ser o cão de caça e guardião da casa.

Considerado como raça potencialmente perigosa, quem tem um Dogue Argentino tem responsabilidades acrescidas, não só a nível burocrático mas também de dar a conhecer a verdadeira raça à sociedade e desmantelar possíveis estereótipos que se formaram à volta dela. Ou seja, o que o seu cão for, é o que as pessoas menos informadas irão dizer sobre a raça.

Resumindo, o Dogue Argentino não é um cão para todas as pessoas. O seu instinto de caçador e o seu temperamento obstinado aliado a um elevado nível energético e inteligência resulta num cão que é demasiado difícil de lidar para um dono inexperiente.