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Além do luto pela perda de um animal de estimação não ser reconhecido pela sociedade, estudos também demonstraram a falta de preparação dos profissionais da área da saúde perante as manifestações de sofrimento dos donos, uma vez que eles foram treinados para salvar vidas e não para perdê-las.
O status do animal de companhia na família já mudou, o que se espera agora da sociedade é o mesmo respeito no adoecimento e no falecimento dele que se tem com os seres humanos." RossBaron e Sorens, 2007
Por entender a importância do luto para os familiares que perderam um animal de estimação, a equipa do Crematório Pet Memorial (São Paulo, Brasil) está a promover um programa de treino inédito para estudantes de medicina veterinária que querem compreender o processo do luto para oferecer aos seus clientes o suporte emocional que eles necessitam.
As palestras abordam o papel que os animais de estimação ocupam actualmente nas famílias, o que a perda desse membro significa para seus donos, como o luto se manifesta e a importância do apoio da família durante todo o processo.
“A sociedade pode não reconhecer o luto, mas as pessoas que estão envolvidas no adoecer e no falecimento do animal precisam reconhecê-lo e compreendê-lo. Deixar aqueles que sofrem por luto falar e manifestar seu sofrimento é o melhor remédio”, comenta a psicóloga especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto, psicologia hospitalar e consultora do Pet Memorial, Joelma Ruiz.
“Um olhar além do paciente: auxiliando os donos no processo do adoecer e morrer” foi o tema abordado na palestra da psicóloga Joelma Ruiz. A especialista falou sobre como se manifesta o processo do luto, as diferentes reacções desse processo e como os profissionais podem actuar como facilitadores. “É a partir do momento em que o animal adoece e do impacto da internação, que o processo do luto se inicia. Os profissionais da saúde que estiverem preparados para identificar e lidar com essa situação poderão acolher e validar esses sentimentos oferecendo um atendimento para toda a família”, explicou a psicóloga.
Os estudantes também acompanharam a palestra “A importância do destino correcto do corpo do animal para o meio ambiente”, apresentada pelo médico-veterinário pós-graduado em Gestão Ambiental nas Empresas e responsável técnico do Pet Memorial, Dr. Luiz Henrique Franco. O especialista abordou os impactos ambientais resultantes do enterro ou do descarte incorreto do corpo do animal, entre eles a contaminação do solo e lençol freático ocasionada pela libertação de necrochorume, que se atinge rios e poços artesianos contaminam a água ingerida pelas pessoas e, assim, comprometem seriamente a saúde pública. “Além de ser ecologicamente correcta, a cremação também é uma solução para a questão espacial, já que, ao fim do processo, o volume de cinzas equivale a 5% do volume original do corpo do pet”, explicou Franco.
O treino é dirigido a estudantes dos cursos de medicina-veterinária, técnicos veterinários e colaboradores do sector.
Fonte: caesegatos.com.br
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