Registo
Foto Cão de Água Português em Tavira

O Cão de Água Português é a nossa raça mais internacional e para juntar todos os aficionados do mundo o Clube Português de Canicultura está a organizar, em Tavira, o 1.º Congresso Internacional do Cão de Água Português que conta com a presença de 200 participantes de 14 países, incluindo a Austrália.

Um dos principais objectivos da organização é a uniformização do estalão da raça. Sendo o Cão de Água Português uma das raças mais internacional, há uma tendência para as federações adaptarem o estalão à sua própria realidade. Manuel Loureiro Borges, vice presidente do CPC explica ao Jornal de Notícias que existem três estalões em todo o mundo para a raça:. “A FCI, federação pela qual Portugal se rege, segue o estalão português. Os EUA têm o seu próprio estalão adaptado à sua realidade (AKC) e os ingleses também fizeram a mesma coisa (KC). O cão de água português criado na Noruega, na Austrália ou no Brasil é ligeiramente diferente, no entanto, o público não tem essa percepção”. Assim, o lema deste congresso é uniformizar o estalão da raça, afinal de contas “é a mesma raça e por isso deve ser o mesmo estalão”, reforça Manuel Borges.

Relativamente aos estalões, o Clube do Cão de Água Português do Canadá preparou um documento com as diferenças entre os estalões. Pode consultar o documento aqui.

Em termos de intervenções e debates, vão ser igualmente destacadas questões relacionadas com a tosquia, temas como a história da raça, tanto em Portugal como nos EUA e na Escandinávia, o cão de água português enquanto cão de terapia e as questões genéticas ligadas à criação.

O congresso inclui ainda provas práticas de trabalho e demonstrações. Durante o dia de hoje decorreram as demonstrações de salvamento de um homem no mar e uma busca em escombros. Estas provas mostram bem as capacidades e o desempenho da raça.

Em Portugal fazem-se provas de trabalho para os Cães de Água que visam fomentar as aptidões naturais e o melhoramento dos aspectos funcionais do cão de Água Português. No fundo, trata-se de dar continuidade ao trabalho que estes cães faziam nos barcos de pesca, para que as suas capacidades naturais não se percam.

Para o último dia (29 de Setembro) está marcada a 26.ª exposição monográfica, que contará com a presença de 50 exemplares de 12 países.

Fonte: JN